Pedro Bandeira nasceu em 9 de março de 1942 em Santos. É escritor de vários contos e crônicas, seu alvo é o público adolescente! Um de seus contos mais conhecidos é "Um problema difícil"!
Era um problema difícil. Dos bem grandes. A turminha reuniu-se para discuti-lo e
Xexéu voltou para casa preocupado. Por mais que pensasse, não atinava com uma solução.
Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!
Xexéu decidiu falar com o pai e explicar direitinho o que estava acontecendo. O pai
ouviu calado, muito sério, compreendendo a gravidade da questão. Depois que o garoto
saiu da sala, o pai pensou um longo tempo. Era mesmo preciso enfrentar o problema. Não
estava em suas mãos, porém, resolver um caso tão difícil.
Procurou o guarda do quarteirão, um sujeito muito amigo que já era conhecido de
todos e costumava sempre dar uma paradinha para aceitar um cafezinho oferecido por
algum dos moradores.
O guarda ouviu com a maior das atenções. Correu depois para a delegacia e expôs
ao delegado tudo o que estava acontecendo.
O delegado balançou a cabeça, concordando. Sim, alguma coisa precisava ser feita,
e logo! Na mesma hora, o delegado passou a mão no telefone e ligou para um vereador,
que costumava sensibilizar-se com os problemas da comunidade.
Do outro lado da linha, o vereador ouviu sem interromper um só instante. Foi para a prefeitura
e pediu uma audiência ao prefeito. Contou tudo, tim-tim por tim-tim. O prefeito ouviu todos os
tim-tins e foi procurar um deputado estadual do mesmo partido para contar o que havia.
O deputado estadual não era desses políticos que só se lembram dos problemas
da comunidade na hora de pedir votos. Ligou para um deputado federal, pedindo uma providência
urgente. O deputado federal ligou para o governador do estado, que interrompeu
uma conferência para ouvi-lo.
O problema era mesmo grave, e o governador voou até Brasília para pedir uma
audiência ao ministro.
O ministro ouviu tudinho e, como já tinha reunião marcada com o presidente, aproveitou
e relatou-lhe o problema.
O presidente compreendeu a gravidade da situação e convocou uma reunião ministerial.
O assunto foi debatido e, depois de ouvir todos os argumentos, o presidente baixou
um decreto para resolver a questão de uma vez por todas.
Aliviado, o ministro procurou o governador e contou-lhe da solução. O governador
então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual
que, na mesma hora contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador
e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada.
O vereador foi até a delegacia e disse da providência ao delegado. O delegado,
contente com aquilo, chamou o guarda e expôs a solução do problema. O guarda, na
mesma hora, voltou para a casa do pai do Xexéu e, depois de aceitar um café, relatou-lhe
satisfeito que o problema estava resolvido.
O pai do Xexéu ficou alegríssimo e chamou o filho.
Depois de ouvir tudo, o menino arregalou os olhos:
– Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!
Era um problema difícil. Dos bem grandes. A turminha reuniu-se para discuti-lo e
Xexéu voltou para casa preocupado. Por mais que pensasse, não atinava com uma solução.
Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!
Xexéu decidiu falar com o pai e explicar direitinho o que estava acontecendo. O pai
ouviu calado, muito sério, compreendendo a gravidade da questão. Depois que o garoto
saiu da sala, o pai pensou um longo tempo. Era mesmo preciso enfrentar o problema. Não
estava em suas mãos, porém, resolver um caso tão difícil.
Procurou o guarda do quarteirão, um sujeito muito amigo que já era conhecido de
todos e costumava sempre dar uma paradinha para aceitar um cafezinho oferecido por
algum dos moradores.
O guarda ouviu com a maior das atenções. Correu depois para a delegacia e expôs
ao delegado tudo o que estava acontecendo.
O delegado balançou a cabeça, concordando. Sim, alguma coisa precisava ser feita,
e logo! Na mesma hora, o delegado passou a mão no telefone e ligou para um vereador,
que costumava sensibilizar-se com os problemas da comunidade.
Do outro lado da linha, o vereador ouviu sem interromper um só instante. Foi para a prefeitura
e pediu uma audiência ao prefeito. Contou tudo, tim-tim por tim-tim. O prefeito ouviu todos os
tim-tins e foi procurar um deputado estadual do mesmo partido para contar o que havia.
O deputado estadual não era desses políticos que só se lembram dos problemas
da comunidade na hora de pedir votos. Ligou para um deputado federal, pedindo uma providência
urgente. O deputado federal ligou para o governador do estado, que interrompeu
uma conferência para ouvi-lo.
O problema era mesmo grave, e o governador voou até Brasília para pedir uma
audiência ao ministro.
O ministro ouviu tudinho e, como já tinha reunião marcada com o presidente, aproveitou
e relatou-lhe o problema.
O presidente compreendeu a gravidade da situação e convocou uma reunião ministerial.
O assunto foi debatido e, depois de ouvir todos os argumentos, o presidente baixou
um decreto para resolver a questão de uma vez por todas.
Aliviado, o ministro procurou o governador e contou-lhe da solução. O governador
então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual
que, na mesma hora contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador
e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada.
O vereador foi até a delegacia e disse da providência ao delegado. O delegado,
contente com aquilo, chamou o guarda e expôs a solução do problema. O guarda, na
mesma hora, voltou para a casa do pai do Xexéu e, depois de aceitar um café, relatou-lhe
satisfeito que o problema estava resolvido.
O pai do Xexéu ficou alegríssimo e chamou o filho.
Depois de ouvir tudo, o menino arregalou os olhos:
– Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!
Pedro Bandeira é escritor brasileiro de livros infanto-juvenis. Seu primeiro livro foi "O dinossauro que fazia au-au", porém destacou-se com a obra "A Droga da Obediência". Recebeu, entre outros, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro em 1986, e a Medalha de Honra ao Mérito Bráz Cubas, da cidade de Santos, em maio de 2012.
Pedro Bandeira nasceu em Santos, São Paulo, em 9 de março de 1942. Estudou o curso primário no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo. O ginásio e o curso científico no Instituto de Educação Canadá. Dedicou-se ao teatro amador, até mudar para a capital, onde estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Casou-se com Lia, com quem teve três filhos: Rodrigo, Marcelo e Maurício.
Hoje em dia mora em São Roque com a família!
http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/
http://www.pedrobandeira.com.br/
Pedro Bandeira nasceu em Santos, São Paulo, em 9 de março de 1942. Estudou o curso primário no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo. O ginásio e o curso científico no Instituto de Educação Canadá. Dedicou-se ao teatro amador, até mudar para a capital, onde estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Casou-se com Lia, com quem teve três filhos: Rodrigo, Marcelo e Maurício.
Hoje em dia mora em São Roque com a família!
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